segunda-feira, 1 de junho de 2009

CAMINHADA A SINTRA


Ainda inserido nas Jornadas da Saúde no Parlamento, e porque circular é viver!, vamos organizar mais um passeio pedestre, desta vez para os lados de Sintra, que terá lugar no próximo dia 6 de Junho, sábado.

Pedimos a todos os interessados neste passeio que se inscrevam junto da colega Paula Crespo (DE), ext. 12522, através do e-mail paula.crespo@ar.parlamento.pt, ou de Teresa Silva Carvalho (DRAA), ext. 11671, teresa.carvalho@ar.parlamento.pt, até ao dia 04 de Junho.
O GDP facultará o transporte em camioneta a partir da AR. Mais oportunamente divulgaremos o horário de partida.

Pelo Complexo Vulcânico de Lisboa

O passeio desenrola-se pelos calcários e margas do Belasiano, resultantes das transgressões marinhas do Albiano e Cenomaniano, ocorridas há cerca de 100 milhões de anos.

Posteriormente, há cerca de 70 milhões de anos, a abertura do Atlântico Norte provocou nesta zona uma actividade ígnea que originou diversos tipos de estruturas (chaminés, escoadas, soleiras, diques, etc.) e de rochas (basaltos, piroclastos, brechas, traquitos, etc.), constituindo o que se designa por Complexo Vulcânico de Lisboa. Toda esta actividade ocorreu debaixo de água. O nível erosivo actual encontra-se, em geral, próximo do enraizamento destas estruturas.

Passaremos, no entroncamento das estradas de Lexim e do Penedo de Lexim, por uma soleira de traquitos, bastante desgastada pela erosão, pertencente ao Complexo Vulcânico.
Mais à frente, o afloramento do Penedo de Lexim é um testemunho da conduta vertical de um antigo aparelho vulcânico do Complexo, com cerca de 55 milhões de anos, e que teria uma altura mínima de 2.000 metros acima do nível erosivo actual. O lento arrefecimento da lava (dezenas de anos) permitiu a formação da disjunção prismática regular e homogénea, aqui observável.

Do outro lado da Ribeira de Cheleiros poder-se-á observar ainda a plataforma de Anços, uma soleira de traquibasaltos, pertencente também ao Complexo Vulcânico.

Se houver tempo, poderemos ainda visitar o Sítio Classificado do Campo de Lapiás da Granja dos Serrões.

Carlos Galrão

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